Skip to main content

C# 2.0 - Tipos Parciais

Para quem estiver interessado, encontrei uma lista muito interessante de features que foram introduzidas no C# aqui. Esta é uma lista muito completa que contém todas as features que vou explicando uma a uma nesta série de posts. Já falámos sobre Generics e Iterators. Agora vamos falar de tipos parciais.

Um tipo parcial é considerado como tal quando a sua definição está espalhada por várias partes em um ou mais ficheiros. Não tem que ser em múltiplos ficheiros, mas poderia. Este é um conceito muito simples que nos traz alguns benefícios. Vamos ver:
  • Se um tipo for parcial, múltiplos programadores podem trabalhar em cada uma das partes. Isto permite-nos uma forma mais organizada de trabalhar, e pode acelerar a produção.
  • Em Winforms, por exemplo, é gerada uma classe parcial para cada Form para que o programador possa separar a lógica. Desta forma, uma parte contém informação acerca do design e a outra parte contém a lógica do Form. A parte do design é manipulada pela framework, e por isso é várias vezes sobrescrita.  Este é um padrão bastante utilizado pelo .Net. O Entity Framework utliza isto também nos seus templates T4. Por defeito são criadas classes parciais para cada entidade e depois podemos criar mais partes de cada uma das entidades evitando assim perder as nossas alterações a cada classe, quando os templates gerarem de novo a definição.
  • Não existe nenhuma penalização em termos de performance por utilizarmos tipos parciais, porque todas as partes serão unificadas após compilação. Esta feature é apenas para conveniência do programador.
Também podemos criar interfaces, structs e métodos parciais (não tenho a certeza se estes foram introduzidos no C# 2.0). No caso dos métodos, obrigatoriamente não podem devolver nenhum valor.

Abaixo estão listadas algumas inconveniências de utilizar tipos parciais:
  • Um tipo parcial geralmente tem a sua lógica ou definição espalhadas pelas suas partes, por isso pode dificultar a parte do código que queremos (este é um argumento fraco, porque as IDE's de hoje tornam a pesquisa fácil)
  • Quando utilizamos tipos parciais, por vezes pode tornar-se complicado perceber todos os atributos que os seus membros têm, ou quais as interfaces que um tipo implementa (o mesmo que antes, as IDE's são poderosas o suficiente para ultrapassar este problema.
Um tipo parcial é sempre a soma dos seus atributos, interfaces implementadas, generic parameters, documentação, etc. Vamos ver um exemplo:


Isto é equivalente a:

Para usar um tipo parcial, tenham em conta que as declarações das partes têm que estar no mesmo namespace.

Obrigado por lerem, o próximo post será sobre nullable types!

Disclaimer: Por vezes existem termos que eu traduzo nestes posts e outros não. Isto tem a ver com o quão confortável me sinto com cada tradução que faço. Consigo sentir-me confortável o suficiente para dizer tipos parciais, mas não tipos nulos, ou algo similar. Por vezes isto leva a inconsistências, mas qualquer dúvida sobre o conteúdo do post poderá ser respondida!

Comments

Popular posts from this blog

The repository's repository

Ever since I started delving into architecture,  and specifically service oriented architecture, there has been one matter where opinions get divided. Let me state the problem first, and then take a look at both sides of the barricade. Given that your service layer needs to access persistent storage, how do you model that layer? It is almost common knowledge what to do here: use the Repository design pattern. So we look at the pattern and decide that it seems simple enough! Let's implement the shit out of it! Now, let's say that you will use an ORM - here comes trouble. Specifically we're using EF, but we could be talking about NHibernate or really any other. The real divisive theme is this question: should you be using the repository pattern at all when you use an ORM? I'll flat out say it: I don't think you should... except with good reason. So, sharpen your swords, pray to your gods and come with me to fight this war... or maybe stay in the couch? ...

Follow up: improving the Result type from feedback

This post is a follow up on the previous post. It presents an approach on how to return values from a method. I got some great feedback both good and bad from other people, and with that I will present now the updated code taking that feedback into account. Here is the original: And the modified version: Following is some of the most important feedback which led to this. Make it an immutable struct This was a useful one. I can't say that I have ever found a problem with having the Result type as a class, but that is just a matter of scale. The point of this is that now we avoid allocating memory in high usage scenarios. This was a problem of scale, easily solvable. Return a tuple instead of using a dedicated Result type The initial implementation comes from a long time ago, when C# did not have (good) support for tuples and deconstruction wasn't heard of. You would have to deal with the Tuple type, which was a bit of a hassle. I feel it would complicate the ...

C# 2.0 - Partial Types

For those of you interested, i found a very interesting list of features that were introduced in C# in  here . This is a very complete list that contains all the features, and i'm explaining them one by one in this post series. We've talked about  Generics  and  Iterators . Now it's time for some partial types . A partial type  is a type which definition is spread across one or more files. It doesn't have to be in multiple separated files, but can be. This is a very simple concept that can give us many benefits, let's see: If a type is partial, multiple developers can work on every part of it. This allows a more organized way of working and can lead to production improvement.  Winforms , for example, generates a partial class for the form so that the client can separately edit other parts it. This way, a part contains information about the design and the other contains the logic of the form. In fact, this is a very spread pattern across .Net. Ent...